6 passos para desenvolver sua criatividade
Você se considera uma
pessoa criativa? É muito comum acharmos que somos ou não criativos e ponto. A
resposta para essa pergunta irá depender da maneira como você olha para criatividade.
Eu acredito que
criatividade é algo que todos já vivemos muito intensamente na nossa infância.
Costumo ver criatividade como a capacidade de trazer algo de novo para o mundo.
Você pode exercer a sua criatividade escrevendo um poema, discutindo uma nova
ideia com os amigos, aprendendo a costurar ou simplesmente inventando algo novo
para cozinhar no jantar.
A criatividade não precisa
se limitar a grandes ideias revolucionárias. Ela pode estar presente em
pequenos atos e na forma como olhamos para o mundo e para as pessoas à nossa
volta.
Como é possível
desenvolver sua criatividade
1. Tenha uma mentalidade
de crescimento
A nossa capacidade de
criar começa justamente na nossa visão. Precisamos ter o que a pesquisadora e
professora de Stanford, Carol Dweck, chama de mentalidade de crescimento.
Manter a mente aberta e acreditar que podemos nos desenvolver, aprender e,
assim, adquirir novas competências, a criatividade inclusive, é o primeiro
passo a dar.
2. Participe ativamente
de diferentes experiências
Praticar a nossa presença, seja onde for, é o passo
seguinte para uma vida mais criativa. Estar realmente entregue às experiências
que vivemos. Isso será capaz de trazer aprendizado que, mais tarde, poderá se
conectar a algo que nem imaginávamos.
Por exemplo, pode ser que
você aprenda algo em uma aula de dança, junte isso com um conhecimento de uma
técnica nova de fotografia e, com isso, lance um livro falando sobre os
movimentos do corpo.
A questão é que nem
sempre você vai saber logo de cara o propósito ou utilidade por trás daquele
novo conhecimento. Ainda assim, estar 100% presente e tentar diversificar as
suas áreas de conhecimento é o que pode trazer essa combinação com potencial
inovador.
Até mesmo ao escrever um
e-mail ou assistir a uma palestra sobre um tema que você não conhece, você pode
se engajar de modo a extrair algo dessa vivência.
3. Conheça o propósito
Enquanto coletamos
experiências, podemos ter o desejo de criar. E, nesse momento, precisamos parar
e refletir: por que queremos fazer isso? Para que serve? Para quem é
direcionado?
Entendendo o propósito e, colocando em primeiro lugar as
pessoas para as quais essa ideia se destina, poderemos criar algo que realmente
tenha valor. Quem será beneficiado(a) a partir disso que você pretende criar?
Sabendo o porquê, entendemos que nem sempre a nossa primeira ideia é a melhor.
Também percebemos que
existem diferentes formas de atender a um mesmo propósito. Por exemplo, se você
percebe que, ao invés de criar uma nova marca de camiseta, o que move esse
desejo é comunicar ideias de maneira simples e diária na vida das pessoas, você
pode começar a ver outras alternativas para realizar isso. Pode até compreender
que perguntar às pessoas pode ser uma ótima forma de decidir que caminho
seguir.
4. Permita-se estar
vulnerável
Então é chegada a hora! É
preciso parar de pensar tanto e agir. Não espere estar pronto para testar. Caso
contrário, a sua ideia pode ficar esperando na gaveta por um bom tempo. É
importante aproveitar a sua motivação e transformar, mesmo que de modo
improvisado, aquilo que ainda é apenas uma ideia em algo real. Só a partir
disso que você terá insumos para melhorar.
Ver como as pessoas
reagem, entender se funciona e fazer ajustes. Isso é chamado de prototipagem,
ou seja, criar uma primeira solução barata e fácil de fazer para testar a sua
ideia.
E para que
vulnerabilidade? Você precisa ter a coragem de se expor, de realmente assumir o
risco de tirar essa ideia da sua cabeça, tentar “traduzi-la” em algo concreto e
espalhar pelo mundo. Aceitar as imperfeições que virão à tona e compreender que
elas fazem parte do processo.
Imperfeições não indicam
que você errou, indicam que você está aprendendo. Por isso, em especial nesse
momento, é preciso manter aquela mentalidade de crescimento e saber que quanto
mais você se permitir ser vulnerável – ou em ser quem você é, em outras
palavras – melhores serão os resultados!
5. Confie no processo
É muito importante
respeitar o seu ritmo e a sua natureza. Quero dizer, você deve ter uma maneira
de lidar com certas situações que pode ser diferente de como seus amigos lidam
ou, até mesmo, de como você gostaria de lidar.
Tente não se cobrar
demais. Isso pode acabar gerando muita pressão e paralisar você no medo. Medo
de não ser bom. Medo de não dar certo. Medo do que os outros vão dizer. Enfim,
a lista de medos é grande. Por isso, ao invés de se apegar a todos esses medos
de “e se…?”, que tal olhar para o seu processo de criatividade com mais amor?
Não estou falando do amor romântico e, sim, do amor de confiar. Confiar em
você, na sua capacidade e saber que esse processo irá valer a pena
independentemente dos resultados.
Muitas vezes, ficamos
presos a idealizações de como serão os resultados. Queremos para ontem.
Queremos que seja perfeito. Que todos gostem. Que seja um sucesso em vendas. E
esquecemos que os resultados são consequência do processo, isto é, do caminho
que escolhemos percorrer. Essa caminhada terá desvios, pedras no meio do
caminho e surpresas. Se entendermos que isso faz parte e que o processo pode,
muitas vezes, contar mais que o ponto de chegada, talvez haja mais espaço para
a criatividade espontânea. Aquela que tínhamos quando criança que não se
preocupava tanto para que algo serviria ou o que todos pensariam e simplesmente
fazia, criava, brincava. Permita-se brincar mais durante o processo!
6. Reserve um espaço para
melhorar
Assim como nossa
mentalidade deve estar voltada para o crescimento no início, também deve ser no
final, porque a verdade é que o fim pode ser apenas o início de um novo ciclo. Depois de
criar, testar, perguntar, ajustar, é hora de tentar de novo. Quantas mais vezes
você quiser ou achar necessário. A criatividade não precisa chegar a um fim. E
as melhorias contínuas que fazemos podem tornar a nossa ideia original cada vez
mais forte e completa.
Não podemos desviar para
a mentalidade fixa de acreditar que se fomos uma vez criativos, somos criativos
para sempre. A criatividade, assim como outras competências, é algo que podemos
desenvolver cada vez mais, dia após dia. Quanto mais você praticar e quanto
mais observar essa prática de uma maneira consciente, melhor. É fundamental
exercitar a reflexão e entender onde você acertou, onde errou, o que faltou ou
o que surpreendeu. Assim, você entrará em uma espiral de crescimento e poderá
viver cada vez mais a sua criatividade.
Fazer isso com pessoas
que estão no mesmo movimento acrescenta ainda mais. Por isso, procure quem mais
quer exercitar a criatividade e não tenha medo de ser vulnerável junto com
elas!
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